IMAGEM DIGITAL

IMAGENS DIGITAIS                                      
Consideram-se imagens electrónicas, todas aquelas em que há algum processo electrónico na sua criação, como por exemplo as imagens geradas por um aparelho de ultra-som, ou as próprias imagens que recebemos pela televisão, que são geradas por uma câmara de vídeo e transmitidas por ondas de rádio. Uma classe especial de imagens electrónicas é aquela que inclui as imagens digitais. Estas são obtidas electronicamente, convertidas em dados numéricos (digitais) e armazenadas ou manipuladas por um computador digital.
A imagem digital é um subproduto da guerra-fria e da exploração espacial, onde os cientistas tiveram que desenvolver uma maneira de enviar imagens captadas em locais distantes para os centros de pesquisa na terra.
O conceito de Imagem Digital ainda permanece nebuloso mesmo para uma boa parte dos fotógrafos profissionais. Existem novos termos, novos procedimentos e novos processos envolvidos, surgem a cada desdobramento da tecnologia novos equipamentos que devem ser dominados, softwares que devem ser aprendidos e linguagens a serem conhecidas e desenvolvidas. É como iniciar o estudo de fotografia outra vez dentro de uma nova realidade.
Existem inúmeros termos que surgiram com a imagem digital. Entender correctamente seus significados e como devem ser usados, torna a transição para a era digital mais fácil. Infelizmente algumas definições ainda são vagas e às vezes confusas. Por exemplo, os termos "imagem digital" e "imagem electrónica" são muitas vezes usados como sinónimos apesar de não representarem a mesma coisa.
A Imagem Digital torna-se mais fácil de ser entendida quando desdobramos o processo nos seus componentes básicos, ou seja: captação, manipulação e produto final.
 
CAPTAÇÃO/DIGITALIZAÇÃO
 
Uma imagem pode ser importada de outras aplicações; captadas no ecrã do computador; ou captadas no exterior, através de um scanner ou de outro de outro dispositivo de digitalização de imagens de proveniência externa, como é o caso da câmara fotográfica digital.
Em certos países alguns laboratórios já fornecem como opção o filme revelado em forma de CD ou disquete com as fotografias já digitalizadas, por um pequeno valor adicional. Outros, recebem o filme a ser revelado pelo correio e após o processamento, devolvem as fotografias por e-mail. Estas opções não deixam de ser boas para os fotógrafos interessados em possuir fotografias digitalizadas para posterior manipulação em computador ou simples envio para os amigos através da Internet.
A melhor opção para aqueles que pretendem utilizar com frequência fotografias digitalizadas é comprar um scanner de mesa, cujos preços já se tornaram acessíveis no nosso mercado. Tal equipamento pode ser conectado com facilidade em qualquer computador, transferindo as imagens captadas directamente para o disco rígido – digitalização.
Digitalizar uma imagem, ou seja, torná-la digital, significa transformá-la em dados numéricos e colocá-los na memória de um computador. Isso é feito através de um processo chamado amostragem. A amostragem consiste em dividir a imagem original em quadradinhos muito pequenos (amostras) e associar a cada um deles um número que represente a cor daquele pedacinho da imagem. Isso faz com que se represente a imagem como um conjunto de números que pode ser armazenado na memória do computador. A cada quadradinho, que pode ser considerado um ponto da imagem devido ao seu tamanho reduzido, dá-se o nome de pixel (acrónimo de Picture Elements – elementos de imagem).
O processo de digitalizar documentos consiste em capturar e armazenar imagens utilizando recursos informáticos e requer a utilização de um equipamento digitalizador – vulgo scanner – para converter a imagem, um computador para a processar e, eventualmente, armazenar, um monitor para permitir a sua visualização e uma impressora para a sua reprodução.
A segunda opção é através das Câmaras Digitais que possibilitam a captação directa de imagens na forma digital, armazenando-as em cartões de memória, possibilitando a imediata transferência para os computadores. As inconveniências desta opção são a baixa resolução dos equipamentos de preço mais acessível, limitações de recursos das câmaras quando comparadas com as convencionais de valor equivalente e preços ainda elevados dos equipamentos completos.
Fica, de qualquer forma, a mensagem veiculada em algumas revistas especializadas: "a melhor maneira de ter uma fotografia digitalizada (de alta resolução) com baixo custo é utilizando um bom scanner e não gastando todas as economias na compra de uma boa câmara digital".
            
Vantagens da Digitalização
 
Uma das principais vantagens resultantes desta técnica é certamente a celeridade no acesso assim como a enorme capacidade na disseminação da informação por um vasto universo de potenciais utilizadores. O facto da imagem estar num formato digital permitirá, se necessário, ser sujeita a edição. Assim, manchas, fundos escuros, e outras alterações são passíveis de ser removidas. No entanto, com os recursos que a computação moderna oferece, a utilização de imagens digitais representa hoje uma série de vantagens, no que se refere a:
1) Espaço – como são tratadas na forma de ficheiros informatizados as imagens digitais podem ser armazenadas ocupando menos volumes.
2) Facilidade de Acesso – o acesso aos ficheiros de imagens é fácil e eficiente devido à organização obtida pelo uso do computador e de softwares adequados.
3) Rapidez – quando uma tarefa envolve consulta (etc.) de imagens.
4) Redução de Custo – a partir do momento que a informação é acedida, envia-la para outro local não terá qualquer custo.
5) Facilidades de Distribuição – com os actuais recursos de telecomunicações digitais, não só imagens como quaisquer dados digitais podem ser transmitidos para localidades distantes com a mesma facilidade com que se faz uma ligação telefónica.
6) Segurança – pode determinar-se quem tem ou não acesso à informação.
7) Rapidez de Actualização – o que, no papel, seria um defeito, no computador poderá ser uma correcção imperceptível – imagens digitais podem ser alteradas ou retocadas com facilidade e rapidez.
8) Portabilidade – é mais fácil transportar um CD do que 10 pilhas de papel.
9) Durabilidade – o papel degrada-se, a imagem em papel perde qualidade.
10) Velocidade de Captura – quando comparada com outros meios de arquivo.
11) Inovação – nova ferramenta de trabalho para a optimização de recursos.
12) Conectividade – partilha de dados em locais diferentes, em tempo real.
13) Qualidade – a imagem digital já se apresenta com grande qualidade.
14) Uso da Tecnologia – modernidade.
15) Versatilidade – multifuncionalidade.
 
Desvantagens da Digitalização
 
Na origem da força de uma imagem digital está também a origem da sua fraqueza. A informação, por estar em formato electrónico, não será legível ao olho humano sem recurso a equipamentos adequados. Para além do mais, a indústria que dirige esta tecnologia é altamente competitiva e orientada por forças de mercado que solicitam continuamente maiores capacidades de armazenamento e de processamento. Neste mercado as reais necessidades das bibliotecas e arquivos são quase irrelevantes.
A tecnologia que permite actualmente ler, por exemplo, discos ópticos será certamente substituída. Neste sentido, o acesso mais aperfeiçoado de hoje pode facilmente ser o disco ilegível de manhã. A natureza da informação digital junta-se aos problemas resultantes da sua legibilidade, uma vez que, no seu nível mais básico, a informação digital é simplesmente uma corrente de zeros e uns, inexorável, indiferenciada e, essencialmente, sem sentido. A informação digital tem que ser traduzida para ser entendida e esta tradução é tudo menos linear.
A reprodução fac-simile para fins de preservação cumpre dois objectivos:
1) substituição do documento original;
2) redução ou anulação do desgaste do documento original.
A digitalização da imagem é uma resposta bastante adequada ao segundo objectivo. Em termos de acesso, duplicação e uso, ela é muito superior à prática corrente de microfilmes e fotocópias, seja do ponto de vista de administração ou de utilização. O sucesso desta estratégia requer contudo uma contínua atenção ao documento original afim de assegurarmos a sua sobrevivência.

MANIPULAÇÃO
            
Existem inúmeras maneiras para modificar imagens digitalizadas, como a Optimização: utilizada para limpar fotografias que contém imperfeições envolvendo ajuste de brilho e contraste, remoção de "olhos vermelhos", uso de filtro para aumento de definição e eliminação de manchas de poeira e riscos. O processo de optimização de imagens é relativamente fácil de ser aprendido e existem vários programas disponíveis para este fim por preços acessíveis que executam todas as operações automaticamente.
A Manipulação de Imagens já envolve mudanças nas suas características. Tais mudanças podem ser simples como a alteração da cor de fundo de uma fotografias ou a remoção de algum indivíduo ou elemento indesejado, até aquelas altamente complexas envolvendo mudanças radicais. Existem no mercado softwares de diversos níveis e recursos, indo dos mais simples e amigáveis até os altamente profissionais que necessitam de muitas horas de estudo para uma completa utilização.


Photoshop, o conhecido programa de tratamento de imagem da Adobe


PRODUTO FINAL 
           
O passo final do Processo da Imagem Digital é a sua forma de utilização (output). O output de uma imagem digital pode consistir em: cópias ou ampliações, slides, material para impressão, ficheiros para distribuição em redes de computadores, montagem em documentos escritos, etc.
A forma mais comum de impressão é por intermédio das impressoras de jacto de tinta de alta resolução e baixo preço.
A criação de slides a partir de ficheiros digitais ainda é um processo caro apesar da sua excelente qualidade, obrigando os fotógrafos que necessitam de tal produto final a recorrerem a laboratórios especializados.
De uma maneira geral, torna-se necessária a gravação dos ficheiros de fotografias manipuladas num meio físico que possibilite o fácil transporte. Outro caminho é o de transmitir os ficheiros através de serviços online, onde não há necessidade de cópias, gravações, etc. No entanto, transmitir grandes ficheiros pela Internet, face às limitações existentes em termos de velocidade de transferência, é ainda pouco viável. Os ficheiros contendo as fotografias de alta resolução, demandam muitos minutos de transmissão.
Apesar do cenário acima parecer um pouco confuso, a Imagem Digital não deve ser vista como uma tecnologia de difícil domínio. Deve ser analisada etapa por etapa, procurando-se sempre obter o pleno conhecimento de cada uma delas.

IMAGENS BITMAP E VECTORIAIS

Existem dois géneros principais de imagens computacionais: bitmap e vectoriais.
As imagens do tipo bitmap são armazenadas como um “mapa de bits” ou “matriz de pontos” que, depois de lidos pelo processador, permitem reconstruir a imagem ponto por ponto (pixel por pixel) no ecrã do computador. Cada pixel é associado a uma localização específica e a um valor de cor.
Este tipo de imagens é mais usado em trabalhos com tons contínuos, como fotografias ou pinturas digitais, pois estas conseguem representar gradações de cor subtis. São imagens “resolução-dependentes”, (contêm um número fixo de pixels) e, por isso, podem perder algum detalhe e aparecerem deformadas caso seja alterado o seu tamanho no ecrã ou impressas numa baixa resolução.
As imagens do tipo vectorial são feitas de linhas e curvas, definidas por objectos matemáticos chamados vectores – são geradas matematicamente através de fórmulas. Os vectores descrevem a imagem de acordo com as suas características geométricas. Por exemplo, um pneu de uma bicicleta é feito de definições matemáticas de um círculo desenhado com um certo raio, em determinado local e preenchido com determinada cor.
O utilizador pode mover, alterar o tamanho ou alterar a cor, sem perder a qualidade da imagem, por isso, as imagens vectoriais são “resolução-independentes”, ou seja, podem ser alteradas para qualquer tamanho e impressas em qualquer resolução sem perder detalhe e clareza.
Os dois tipos de imagem apresentam vantagens e desvantagens:


 
Vantagens
Desvantagens
Bitmap
Qualquer imagem pode ser gravada como bitmap
Possui recursos de fácil manipulação e tratamento (efeitos especiais)
As imagens em bitmap de alta resolução geram arquivos de tamanho muito grande
O tamanho da imagem, quando alterado, pode perder resolução e qualidade
Para a manipulação e o tratamento é necessário conhecimento mínimo de computação gráfica
Vectoriais
O tamanho do arquivo é menor pois é gravado em ASCII
É escalonável sem perda de resolução
Possui recursos de fácil manipulação e tratamento
Necessitam de tempo de processamento para codificar / decodificar / renderizar.
Para a sua manipulação e tratamento é necessário um mínimo de destreza manual.

A maioria dos programas do Windows pode ler, importar, exportar ou converter formatos do tipo bitmap. Os ficheiros vectoriais precisam de ser convertidos para o formato bitmap para serem reconhecidos pelos programas do Windows; uma vez convertidos não podem mais ser trabalhados como vectores, portanto, tenha sempre duas versões do mesmo ficheiro – uma em bitmap e outra em vectorial. No entanto existem diversos programas específicos para desenho livre (vectorial) que também trabalham com formatos bitmaps, por exemplo: PaintBrush, PhotoStyler, CorelDraw, Adobe PhotoShop.
Seja como for, no ecrã do computador as imagens são sempre apresentadas com pixels, visto que os monitores representam as imagens mostrando-as numa grelha.
 
CONSTITUIÇÃO DE UMA IMAGEM – OS PIXELS
 
Uma imagem digital de boa qualidade é formada de centenas de milhares de pixels, cada um deles contendo um número com a informação da cor daquele ponto na imagem. Uma radiografia, por exemplo, é uma imagem formada por diferentes tons de cinza. Se considerarmos uma escala numérica onde cada tom de cinza corresponde a um número (um nível de cinza), de modo que quanto mais claro o tom maior o número que o representa, poderemos fazer a amostragem dividindo a imagem da radiografia em pixels e armazenando todos eles na memória do computador. Para mostrar essa imagem depois de armazenada digitalmente basta ler os números na memória, associar à cor correspondente (tom de cinza, no caso) e desenhar cada pixel no ecrã na sua posição correcta formando a imagem inteira.

TAMANHO E RESOLUÇÃO DA IMAGEM
 
1.5.1 – Dimensões dos pixels
O número de pixels ao longo da altura e do comprimento da imagem bitmap constitui as dimensões da imagem em pixels. O tamanho da imagem no ecrã é determinado pela dimensão do pixel da imagem, acrescido do tamanho e definições do monitor.
Um monitor de 15 polegadas apresenta 1024 pixels na horizontal e 768 na vertical. Uma imagem com dimensões de 1024x768 pixels preencherá este ecrã. Num monitor mais largo, configurado para 1024x768, a mesma imagem preencherá de igual forma o ecrã, mas cada pixel aparecerá mais largo. Se alterarmos a configuração deste monitor para 1152x870, a imagem aparecerá com um tamanho inferior, ocupando apenas uma parte do ecrã.
1.5.2 – Resolução da Imagem
Como cada pixel possui uma só cor, é fácil perceber que quanto maior o número de pixels, ou seja, o número de divisões que se faz da imagem, melhor a qualidade da imagem digitalizada. Imagine, como exemplo, uma fotografia de um rosto.
Suponha que a amostragem era feita de modo que toda a largura da imagem seja divida em dez pixels. Percebe-se rapidamente que a imagem digitalizada ficaria "quadriculada" porque com um número pequeno de pixels, cada um deles teria um tamanho muito grande em relação à imagem. Neste caso, um pixel ficaria quase do tamanho de um olho no rosto fotografado. Isso quer dizer que qualquer detalhe da imagem menor do que isso desapareceria e a imagem se apresentaria "serrilhada" onde se notariam claramente os pixels ou quadradinhos.
A grandeza que mede o número de pixels em relação ao tamanho da imagem, ou seja, a densidade de pixels da imagem, é chamada resolução. Quanto maior a densidade de pixels numa imagem maior é a resolução dessa imagem. A resolução é normalmente medida em dpi (ou ppi – pixels per inch) que significa Dots Per Inch, ou seja, Pontos Por Polegada (ppp).
Além da regra “digitalizar na menor resolução que consiga alcançar a qualidade pretendida” (pois, resolução a mais só torna o processo mais demorado e desperdiça espaço de disco), existem várias regras úteis para ajudar a determinar a resolução necessária e suficiente e, quase todas têm a haver com a finalidade da imagem digitalizada. Por exemplo, imagens digitalizadas para impressão (livros ou revistas) necessitam de maior resolução do que aquelas que serão visualizadas apenas no ecrã do computador, em projectos multimédia ou em páginas Web. A digitalização de texto pode ser realizada a 300 ou 400 dpi. A 300 dpi, a digitalização será mais rápida, mas a 400 dpi, consegue-se melhores resultados, especialmente em caracteres pequenos.
Não há necessidade de digitalizar uma imagem além da resolução da impressora (normalmente, 300 a 600 dpi) e/ou do ecrã (geralmente 72 a 96 dpi). A vantagem de capturar uma imagem com muita resolução reside na possibilidade de ampliar detalhes da fotografia original. Acontece que, quanto maior a resolução, maior será o ficheiro da imagem capturada e, muito provavelmente, não será possível imprimir a imagem com tanta resolução.
Os pixels da imagem são transformados directamente nos pixels do monitor. Quando a resolução da imagem é superior à resolução do monitor a imagem aparece mais larga no ecrã do que quando é impressa.
Por exemplo, quando apresenta uma imagem de 1x1 polegada, com 144 dpi num monitor de 72 dpi esta aparece numa área de 2x2 polegadas no ecrã. Como o monitor apenas pode mostrar 72 pixels por polegada, ele necessita de 2 polegadas para mostrar os 144 pixels da imagem.
1.5.3 – Tamanho da Imagem
O tamanho digital de uma imagem é medido em Kilobytes (Kb), Megabytes (Mb) ou Gigabytes (Gb) e é proporcional às dimensões dos pixels.
As imagens com um maior número de pixels podem produzir um maior detalhe num dado tamanho de impressão, mas requerem maior espaço em disco para serem gravadas e são mais lentas na edição e impressão.
Se fosse digitalizar uma fotografia de 1x1 polegadas e fizesse uma amostragem dividindo a largura da imagem em cem pixels, a resolução da imagem digital obtida seria 100 dpi, isto é, a imagem digital teria 100 pixels para cada polegada de comprimento da imagem original.
A esta altura fica claro também que quanto maior a resolução de uma imagem digital, maior será o número total de pixels que ela possuirá, significando que o ficheiro de imagem será maior também, isto é, que ocupará mais espaço de armazenamento no computador. Imagine uma fotografia quadrada com uma polegada de lado.
Se digitalizarmos essa imagem a 100 dpi ela ocupará um espaço equivalente a 10.000 pixels (100 pixels x 100 pixels). A mesma imagem digitalizada a 200 dpi terá, então, 40.000 pixels. Ao trabalharmos com imagens digitais temos que ter sempre em mente o compromisso entre a qualidade e o tamanho (ou espaço ocupado) dessa imagem para escolhermos uma resolução adequada para a digitalização, de acordo com o nível de exigência da nossa aplicação.
O ficheiro (informático) de imagem é tanto maior quanto maior for a resolução de uma imagem e quantas mais forem as cores dessa imagem. Por exemplo, para uma imagem de 6x4 polegadas a 150 dpi, o tamanho da imagem é calculado da seguinte forma:
(6 polegadas x 150 dpi) x (4 polegadas x 150 dpi) = 900 x 600 pixels
e o tamanho do ficheiro é:
900 x 600 x 3 = 1.6 milhões de bytes
O último "x 3" corresponde aos 3 bytes (1 byte por cada uma das componentes da cor RGB – vermelha, verde e azul) necessários para representar a cor (24 bits) de cada pixel.
O tamanho do ficheiro é proporcional à resolução da imagem digitalizada:
            

Resolução
Tamanho da imagem de 6X4 polegadas
Total de pixels
75 dpi
450X300
135.000
150 dpi
900X600
540.000
300 dpi
1800X1200
2.160.000
600 dpi
3600X2400
8.640.000

Se duplicar a resolução, a quantidade de memória necessária quadruplica. Multiplicar a resolução por três significa multiplicar a quantidade de memória por 9. Este, então, é um forte argumento para digitalizarmos somente com a resolução necessária para melhorar os resultados de uma imagem.
Um outro factor que afecta o tamanho do ficheiro é o seu formato. De acordo com os diferentes métodos de compressão, os tamanhos das imagens variam para a mesma dimensão dos pixels.
 

Uma janela vista com a configuração de 800X600



A mesma  janela vista com a configuração de 1024X768
 
 

E com 1280X960



CORES DA IMAGEM

Grandes imagens ocupam muita memória, exigindo bastante dos computadores. O tamanho ocupado por uma imagem digitalizada não depende somente da resolução de digitalização mas também do número de cores.
Uma imagem pode ser digitalizada:
 a preto e branco (“lineart”), 2 cores;
 com tons de cinza (“grayscale”), recorrendo até 256 tons de cinzento;
 com combinações de vermelho, verde e azul (RGB – Red, Green, Blue).
Em informática, um byte (8 bits) é uma combinação de 0s e 1s (bit). Por cada combinação diferente de 0s e de 1s obtemos um caracter (byte) diferente. Sabendo que 28 = 256 então com um único byte é possível obter 256 caracteres diferentes.
Uma imagem “lineart” (preto e branco) apenas necessita de um bit por pixel para representação da cor (0 – preto; 1 – branco) de cada pixel.
Uma imagem “grayscale” necessita de 4 a 8 bits por pixel para representação dos diferentes tons de cinzento (16 a 256 tons de cinzento) de cada pixel.
Uma imagem RGB (“a cores”) de 24 bits (8 x 3 bits – 1 byte para cada uma das componentes – vermelha, verde e azul) poderá ser composta por mais de 16 milhões de cores (224 = 256 x 256 x 256 = 16.777.216), abrangendo todo o universo de cores perceptíveis pelo olho humano. Este modo de captura é conhecido como true color ou RGB-true color.
Os ecrãs de computador utilizam o esquema (modelo) RGB para a apresentação das cores.
O número de cores que existe numa imagem ou o número de cores que um sistema é capaz de reconhecer ou apresentar é chamado de “intensidade de cor”, “profundidade de pixel” ou “profundidade de bit” (consulte também “Profundidade de Bit”, no capítulo 2).

 

Nome
Bits por pixel
Fórmula
Número de cores
Preto e branco
1
21
2
Ecrã (antigo) Windows
4
24
16
Graduação de cinza
8
28
256
256 cores
8
28
256
High color
16
216
65 Mil
True color
24
224
16 Milhões




Bitmap em preto e branco(lineart)


Em tons de cinzento (greyscale)
 

Em cores (RGB)
 
O FICHEIRO DE IMAGEM
 
As imagens capturadas electronicamente por câmaras digitais, scanners, etc., ou criadas por programas, são transferidas para computadores, onde ficam armazenadas em ficheiros. Os diferentes fabricantes de equipamentos digitais e programas de computador desenvolveram uma grande quantidade de formatos de ficheiros que, na verdade, são maneiras diferentes de se guardar a mesma informação. Os formatos de ficheiros descrevem como as imagens são organizadas dentro do disco ou da memória do computador. Nos programas de captura que acompanham os scanners e outros dispositivos de digitalização pode escolher o formato em que se deseja armazenar uma imagem capturada.
Uma imagem resultante de uma captação por scanner assume, normalmente, um formato tipo bitmap.
WMF, CGM, DXF, EPS, PCT e EPS são formatos exemplo de ficheiros de imagem vectorial. Os formatos que se seguem são alguns dos mais conhecidos formatos de ficheiro de imagem bitmap.
 
TIFF (Tag Image File Format)
É um formato de ficheiros que praticamente todos os programas de imagem reconhecem. Foi desenvolvido em 1986 pela Aldus e pela Microsoft numa tentativa de criar um padrão para imagens criadas por equipamentos digitais. O TIFF é capaz de armazenar imagens true color (24 ou 32 bits) e é um formato muito popular para transporte de imagens, para saídas de scanners e separação de cores.
O formato TIFF permite que as imagens sejam comprimidas usando o método LZW e permite também a gravação de campos informativos dentro do ficheiro.
É o maior em termos de tamanho e o melhor em qualidade de imagem. É o formato ideal para o tratamento de imagem antes de ser convertida para qualquer outro formato. Não perde resolução quando o tamanho original da imagem é alterado.
 
BMP (Bitmap – mapa de bits)
É o formato gráfico nativo do Microsoft Windows. É capaz de armazenar cores até 24 bits e é muito popular em ambiente PC: alguns programas como o Paint aceitam somente este formato. Devido à popularidade do Windows, muitos programas, inclusive em Macintosh, suportam o formato BMP.
Todos os programas gráficos, tanto os mais simples quanto os profissionais conseguem abrir e ler este formato, no entanto, as imagens guardadas como BMP originam ficheiros muito grandes.
 
GIF (Graphics Interchange Format)
É provavelmente o formato de arquivos gráficos mais popular. Foi criado pela Compuserve para a transmissão de imagens do tipo bitmap pela Internet. A primeira versão do GIF surgiu em 1987 (GIF87a). Em 1989 a Compuserve lançou a especificação GIF89a, que implementava o recurso da cor transparente. É, portanto, o formato especial para trabalhar no ambiente da Internet e tem como vantagem não perder qualidade da imagem com a alteração do seu tamanho original.
Enquanto que num ficheiro bitmap a informação é guardada da seguinte forma “o ponto 1 é branco, o ponto dois é branco, ...” num ficheiro GIF a informação é guardada como se exemplifica “os pontos 1 ao 200 da linha 1 são brancos, ...” sendo assim possível poupar um espaço considerável em relação ao bitmaps, pelo agrupamento de cores.
As imagens GIF são sempre comprimidas e codificadas (LZW), sem perda de informação – uma imagem GIF pode ser lida e gravada infinitas vezes que será sempre idêntica à original (é uma vantagem do LZW sobre o JPEG, que sempre sofre perda de informação). A sua característica mais marcante é suportar apenas 8 bits por pixel, no máximo; se for necessário 24 ou 32 bits por pixel, deve usar o formato JPEG ou TIFF. Apesar desta limitação, o GIF ainda é o formato mais popular para armazenar imagens de baixa resolução.
Deve usar o formato GIF sempre que:
 -for armazenar imagens no modo indexado (indexed color), uma vez que este modo utiliza uma paleta de, no máximo, 256 cores.
 -a imagem contenha desenho (linhas, curvas e figuras). Para fotos use JPEG.
 -a imagem tiver áreas transparentes.
 
PNG (Portable Network Graphics)
Este formato foi desenvolvido para substituir o envelhecido formato GIF e é apoiado pela Microsoft Internet Explorer e Netscape Navigator. O PNG, como o GIF é um formato lossless, mas tem algumas características que o formato de GIF não possui: inclui 254 níveis de transparência (GIF suporta um único); tem mais controle sobre o brilho da imagem; e suporta mais de 48 bits por pixel (GIF suporta 8). PNG tende a comprimir melhor que um GIF.
 
JPG (Joint Photographic Experts Group)
É, sem dúvida, o formato mais popular para exibição de imagens fotográficas na Web. O formato é aperfeiçoado para a exibição de fotografias e não trabalha tão bem quanto o GIF para desenhos de linha. Imagens JPEG têm duas características distintas:
 JPEG usa um esquema de compressão “lossy“ que pode variar (mais ou menos compressão) e consequentemente trocar tamanho de ficheiro por qualidade de imagem e pode até mesmo originar ficheiros extremamente pequenos de baixa qualidade (um ficheiro JPEG pode ocupar 10% do espaço ocupado pelo “mesmo ficheiro” BMP ou 15% do GIF).
 JPEG suporta cor de 24 bits (GIF, o outro formato extensamente usado na Web, suporta apenas cor de 8 bits).
JPEG é um processo de dois estágios com algoritmos de compressão e descompressão. Isto significa que ele leva muito mais tempo para carregar e exibir do que um arquivo GIF. O formato JPEG não deve ser utilizado para gravar imagens originais que espera modificar depois, pois a imagem é comprimida sempre que abre um ficheiro JPEG e o torna a gravar. Quando passa por uma série de gravações, a imagem é degradada cada vez mais. Nestes casos, deve gravar os originais num formato loss-free (TIFF, BMP), com a máxima intensidade de cor.

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